Júri popular de policiais acusados de homicídio é adiado para 2024
O Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam) adiou para 2024 o júri popular de nove policiais militares acusados de matar três pessoas em outubro de 2016, no bairro Grande Vitória, Zona Leste de Manaus. O adiamento ocorreu a pedido do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), devido a problemas de saúde enfrentados pelo promotor de justiça responsável pelo caso.
O caso, conhecido como “Caso Grande Vitória”, teve grande repercussão na época do crime. As vítimas, Alex Júlio Roque de Melo, Ewerton Marinho e Rita de Cássia, desapareceram após serem abordados pelos policiais enquanto voltavam de uma festa. Imagens de câmeras de vigilância registraram o momento em que os policiais obrigaram o trio a entrar no carro da PM.
Os corpos das vítimas nunca foram encontrados e, em dezembro de 2016, a Polícia Civil concluiu o inquérito, confirmando o envolvimento dos policiais no caso com base em material genético das vítimas. Desde então, o julgamento aguardava para ocorrer.
Além do pedido de adiamento do MPE-AM, a advogada de defesa de um dos réus também solicitou o adiamento devido à internação do seu cliente com suspeita de meningite.
Com o novo prazo definido para janeiro de 2024, espera-se que finalmente seja feita a justiça nesse caso que chocou a população de Manaus há quase sete anos. As famílias das vítimas aguardam ansiosamente por respostas sobre o paradeiro dos seus entes queridos e por uma punição adequada aos responsáveis pelo crime. A sociedade espera que esse adiamento não resulte em impunidade e que o julgamento seja realizado de forma justa e imparcial.