No coração do Amazonas, a região de Autazes tem sido palco de intensos debates e manifestações relacionadas ao Projeto Potássio Amazonas, após o anúncio feito pelo Governador Wilson Lima e o IPAAM – Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, que autorizaram a Licença de Instalação. Recentemente, a controvérsia ganhou novos contornos com a mobilização contrária por parte de alguns grupos, destacando-se uma ação contrária à exploração do potássio, promovida em terras Mura.
Como veículo comprometido com a disseminação de informações precisas, nos deparamos com a necessidade de esclarecer certos equívocos e informações mal-interpretadas que estão circulando. Foi identificado um movimento organizado pela APIAM – Articulação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas, que parece não contar com o apoio do CIM – Conselho Indígena Mura, representante oficial das 37 aldeias muras de Autazes. Este conselho foi legitimado pela juíza Jaiza Fraxe e tem sido um ator chave nas negociações relacionadas ao projeto.
![Imagem do Comprovante de Depósito](https://cm7.nyc3.digitaloceanspaces.com/wp-content/uploads/2024/04/18160304/WhatsApp-Image-2024-04-18-at-15.53.10.jpeg)
Fontes confiáveis indicam que significativas contribuições financeiras foram realizadas pela Empresa Potássio do Brasil, visando o cumprimento do Protocolo de Consulta pelo Povo Mura, uma ação que demonstra o compromisso em promover um diálogo construtivo.
Kleber Mura, em posição de destaque no CIM, compartilhou que a manifestação realizada pela APIAM não teve o consentimento do Conselho, o que configura um desrespeito à vontade da maioria do Povo Mura, que já tinha expressado apoio ao projeto após um extenso processo de consulta. A consulta, que segue as diretrizes da Convenção 169 da OIT, serve não para bloquear projetos, mas para assegurar que as compensações e benefícios sejam adequadamente discutidos e aplicados.
É importante destacar que o CIM, como representante oficial do Povo Mura de Autazes, expressa preocupação com o surgimento de novos grupos querendo participar do processo, mesmo estando fora da área de influência direta do projeto. Tal cenário destaca a necessidade de respeitar os protocolos estabelecidos e as decisões tomadas pelas comunidades afetadas.
Kleber reforça a importância do respeito à autonomia e às decisões do Povo Mura, enfatizando que as ações devem estar em consonância com o protocolo pré-estabelecido. Ele também aponta para a relevância do processo de consulta, que foi meticulosamente seguido e aprovado pelo povo envolvido, sublinhando que a inclusão e o diálogo foram primordiais nessa jornada.
Concluindo, é notória a complexidade que envolve a implementação de projetos de tal magnitude no Amazonas, reforçando a necessidade de uma comunicação clara e de respeito às estruturas representativas locais. O compromisso do CM7 com a verdade nos leva a buscar esclarecimentos e promover um diálogo fundamentado na precisão e no respeito mútuo, contribuindo para uma narrativa bem-informada acerca dos acontecimentos em Autazes.