Os trabalhadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram paralisar suas atividades de forma indefinida a partir desta terça-feira (16), exigindo uma série de melhorias que incluem ajuste salarial, reconhecimento profissional e condições de trabalho mais favoráveis. Tal decisão veio à tona durante uma conferência nacional no sábado (13), organizada pela Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), que havia previamente comunicado ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos a respeito da iminente greve. Em resposta, a referida pasta agendou imediatamente uma nova sessão de diálogo também para esta terça-feira.
Conforme exposto pela Fenasps, a negociação com o governo obtivera progressos insuficientes, destacando que a proposta governamental não só falha em atender as expectativas, como também sugere mudanças que poderiam agravar a situação, como o alongamento da progressão de carreira e criação de gratificações adicionais que não compensam as perdas salariais acumuladas pela categoria, ultrapassando os 53%.
Entretanto, as demandas apresentadas pela Fenasps são abrangentes e destacam a urgência de uma revisão salarial coerente, reestruturação de cargos, cumprimento de acordos prévios, valorização das carreiras do seguro social, atualização dos critérios de ingresso nos cargos técnicos, além da inclusão de benefícios e melhorias nas condições de jornada e ambiente de trabalho, visando o fim do assédio moral e a optimização dos serviços previdenciários.
Adicionalmente, a Fenasps avisa sobre a proximidade do prazo final, dia 31 deste mês, para o INSS atender às exigências da Instrução Normativa 24 (IN24), o que implica em uma transição para um regime de Gestão e Desempenho mais rígido, com rigorosas punições por não cumprimento de metas, incluindo descontos salariais e possíveis processos disciplinares.
O INSS conta atualmente com um quadro de 19 mil servidores, dos quais 15 mil são técnicos encarregados pela maior parte das operações do instituto, além de 4 mil analistas. Notavelmente, metade desses colaboradores ainda atua em regime de teletrabalho.
Esses dados foram fornecidos pela Agência Brasil, refletindo os desafios enfrentados tanto pelos profissionais quanto pela administração no contexto atual da paralisação.
Fonte: https://portalmanausalerta.com.br/servidores-do-inss-entram-em-greve-por-tempo-indeterminado/
