O alarme disparou entre as autoridades de saúde do Amazonas em 2024, devido à crescente incidência da febre Oropouche. Segundo informações da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), o início do ano até a última quinta-feira (22) presenciou 1.398 casos confirmados, marcando um aumento acentuado quando comparado com os 445 casos no ano anterior.
Este incremento traz consigo um desafio adicional para a região, particularmente levando em conta que no ano de 2023, o Brasil teve um total de 773 casos, com o Norte sendo a região mais afetada, conforme informado pelo Ministério da Saúde.
Dentro da região da Amazônia, o Oropouche é considerado um dos arbovírus mais significativos transmitidos por mosquitos, tornando-se a segunda doença febril mais frequente no país, sucedendo apenas a dengue.
Os sintomas da febre Oropouche têm notável semelhança com os da dengue, fator que causa complexidade no diagnóstico. Febre alta, dores de cabeça e musculares, calafrios e erupções cutâneas são comuns em ambos os casos.
É crucial identificar corretamente a doença para indicar o tratamento apropriado, especialmente considerando a necessidade de diferenciar a dengue.
A FVS-AM ressalta que o diagnóstico da febre Oropouche é obtido através de testes específicos feitos em pacientes notificados, principalmente após resultados negativos para dengue. Esta abordagem é necessária para acompanhar e controlar a disseminação da doença, permitindo uma resposta ágil e eficiente por parte das autoridades de saúde.
A cidade de Manaus, recentemente, teve sua primeira morte por febre Oropouche em 2024. A vítima era uma adolescente de 15 anos, segundo confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).
A situação tornou-se ainda mais complexa devido à coinfecção com a Covid-19, revelando desafios adicionais para os sistemas de saúde em meio à pandemia.
Com o aumento de casos, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) emitiu um alerta epidemiológico sublinhando a relevância da vigília e prevenção da febre Oropouche nas Américas.
Para conter a disseminação da doença e proteger a população contra seus efeitos prejudiciais, é indispensável a coordenação de esforços entre as autoridades de saúde, comunidades e outros parceiros.
Fonte: https://cm7brasil.com/amazonas/explosao-de-casos-da-febre-oropouche-preocupa-populacao-no-amazonas/