César Marques, o subsecretário da Manausmed, está na mira de severas censuras após denúncias graves acerca da deterioração e ineficiência dos serviços de saúde prestados pelo Serviço de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Município de Manaus. A situação alarmante do sistema foi revelada na última quarta-feira (28) pelo vereador Rodrigo Guedes (Podemos), não obstante o incremento na contribuição por parte dos servidores municipais.
Desde agosto do ano passado, a contribuição para a Manausmed elevou-se de 3% para 4,5%, conforme declarado pelo próprio César Marques, durante uma sessão na Câmara Municipal de Manaus (CMM) em 10 de julho de 2023. O incremento foi justificado como uma ação imprescindível para balancear o fundo financeiro e assegurar investimentos.
Contudo, surgiu que apesar do crescimento das contribuições, a qualidade dos serviços de saúde não melhorou, inclusive, certos serviços não estão mais disponíveis para os servidores. Muitos funcionários encontram obstáculos para realizar consultas e procedimentos médicos devido à ausência de repasses para clínicas e hospitais conveniados.
Representantes do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical) fizeram uma manifestação na CMM em repúdio à deterioração e a eventual privatização da Manausmed. O sindicato exige maiores esclarecimentos acerca do cancelamento oficial da licitação vencida pela rede de saúde Hapvida, que supostamente iria prestar atendimento aos servidores municipais.
O sindicato solicitou uma audência pública emergencial na CMM para debater os rumos do atendimento aos servidores municipais, pois enquanto os trabalhadores têm lidado com a pior gestão que a Manausmed ja presenciou, que compromete suas vidas, o subsecretário César parece minimizar a seriedade da situação.
Vídeos que circulam em redes sociais evidenciando César se divertindo em festas, têm sido apontados como uma total falta de responsabilidade e sensibilidade com a realidade enfrentada pelos funcionários.
Plano de saúde
A eventual chegada do Hapvida poderia ter melhorado o atual atendimento deficiente oferecido pela Manausmed. Contudo, os servidores foram barrados de acessar um plano que prometia oferecer segurança na área de saúde. César Marques expressou que os servidores não mostraram interesse em serem atendidos pelo Hapvida, sem antes conduzir uma pesquisa entre eles.
Ademais, veio a público que César Marques recebe 15% dos rendimentos do Hospital Santa Júlia, criando suspeitas de superfaturamento em cirurgias, como cateterismo, que são cobradas a R$14.711,08, quando o valor original seria R$4.500. Esquemas de superfaturamento também foram identificados em materiais cirúrgicos.
Agora, o subsecretário terá que prestar esclarecimentos sobre todas as problemáticas causadas por sua gestão e solucionar os problemas de saúde enfrentados pelos servidores municipais.
