No Brasil, foi observado um aumento significativo no número de casos semanais de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), conforme informações divulgadas pelo boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira. Este crescimento se faz presente em todas as regiões do país, embora com particularidades quanto aos agentes virais envolvidos. No Centro-Sul, o principal vírus em circulação é o da covid-19; enquanto isso, as regiões Sudeste e Sul registram, além da covid-19, um aumento nos casos de influenza, sugerindo uma cocirculação dos dois vírus. Por outro lado, nos territórios do Nordeste e do Norte, é destacado um crescimento nos casos de influenza, especialmente entre os adultos.
Adicionalmente, as análises apontam para o retorno do vírus sincicial respiratório (VSR) em várias localidades do país, afetando principalmente crianças menores e idosos, com base em dados coletados até o dia 4 de março para a Semana Epidemiológica 9, que compreende o período de 25 de fevereiro a 2 de março.
O alerta sobre a covid-19 e a influenza é acompanhado de preocupações com o crescimento de casos provocados pelo VSR, uma condição que vem impactando majoritariamente crianças de até dois anos e idosos, segundo aponta Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe. Ressalta-se a importância de medidas preventivas, como a vacinação contra esses vírus e o uso de máscaras de alta qualidade (N95 e PFF2), especialmente em ambientes de saúde, para reduzir o risco de infecção.
Além disso, é fundamental a busca por atendimento médico frente aos primeiros sintomas que remetam a resfriados, em especial para aqueles em grupos de risco, a fim de receber o tratamento apropriado. Durante as últimas oito semanas, a incidência e a mortalidade por SRAG mostraram um impacto mais acentuado entre as crianças pequenas e idosos, com a covid-19 sendo a maior causa de incidência e mortalidade entre esses grupos, seguida por outros vírus respiratórios como o sincicial e o rinovírus entre as crianças.