Estiagem histórica no Amazonas preocupa entidades comerciais e autoridades
Nesta segunda-feira (16), a Fecomércio promoveu uma reunião crucial com representantes dos setores portuários, terminais e transporte intermodal, em meio à estiagem sem precedentes que assola o estado do Amazonas. Com a cota do rio atingindo o patamar alarmante de 13,59 metros, a entidade buscou discutir ações emergenciais para minimizar os impactos dessa crise e chamar a atenção das autoridades competentes.
O encontro teve como principal foco encontrar soluções paliativas capazes de amenizar a situação e atender às necessidades das comunidades afetadas. “Não buscamos defender apenas a economia, mas sim, priorizar o bem-estar da população que está sendo duramente prejudicada, principalmente nas regiões mais remotas do Amazonas. São pessoas que enfrentam escassez de água, falta de alimentos e outras necessidades básicas”, destacou Aderson Frota, presidente da Fecomércio AM.
Durante a reunião, foram identificados dois pontos urgentes que demandam ação imediata. O primeiro deles é a dragagem da foz do Rio Madeira, essencial para viabilizar o transporte rodofluvial de mercadorias saindo de Porto Velho. Atualmente, as embarcações enfrentam dificuldades de navegação devido à presença de bancos de areia e à falta de manutenção adequada. Segundo o presidente Frota, foi informado que o DNIT já possui um programa aprovado para realizar essa dragagem, sendo imprescindível sua execução de maneira urgente.
Outro ponto de preocupação é a reconstrução da BR-319, fundamental para a região norte do país. A estrada, que faz a ligação entre Manaus e Porto Velho, encontra-se em péssimas condições, o que compromete o escoamento das mercadorias e dificulta a infraestrutura logística. A reunião serviu como plataforma para sensibilizar as autoridades sobre a necessidade de priorizar a reconstrução dessa rodovia crucial para a região.
A Fecomércio segue empenhada em encontrar soluções efetivas para a crise ocasionada pela estiagem e seguirá fazendo o possível para garantir o amparo necessário às comunidades afetadas. A união entre os diferentes setores da sociedade é fundamental para enfrentar essa situação desafiadora e minimizar os impactos negativos na economia e no bem-estar da população do Amazonas.