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Wesley e Joesley Batista retomam cargos na JBS após escândalo de corrupção

Foto: divulgação

No Brasil, Wesley e Joesley Batista, reconhecidos empresários do setor de alimentos, anunciaram seu retorno ao conselho de administração da JBS, ampliando o número de membros para 11. Este retorno marca o fim de um hiato iniciado em 2017, ano em que suas funções foram suspensas devido a acordos de delação premiada implicando o ex-presidente Michel Temer. Através da holding J&F, os irmãos detêm participações na JBS, líder global no mercado de proteínas animais.

Um marco relevante ocorreu em outubro de 2023, quando a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) isentou os irmãos Batista de acusações de insider trading. Estas acusações giravam em torno do uso de informações privadas em negociações de mercado, investigando sobretudo se obtiveram ganhos financeiros através do vazamento de informações relacionadas à Operação Lava Jato.

Após o escândalo ligado a Michel Temer, os irmãos Batista se distanciaram dos papéis de liderança na empresa mas, ainda assim, no início de fevereiro, juntaram-se ao conselho de administração da Pilgrim’s Pride, ramificação da JBS nos Estados Unidos dedicada à exportação de carne de frango.

Este retorno ao cenário executivo será formalmente reconhecido durante uma assembleia-geral ordinária prevista para o dia 26 de abril. Neste encontro, também serão discutidos os resultados financeiros do ano encerrado em 31 de dezembro de 2024, como adiantou a empresa à CVM.

A JBS, segundo reportagem da Folha de S.Paulo, defendeu a indicação dos irmãos Batista salientando que, ao longo dos últimos cinco anos, não houve qualquer condenação, seja na esfera criminal ou administrativa, envolvendo CVM, Banco Central do Brasil ou Superintendência de Seguros Privados.

Em meio a desafios legais, no ano de 2020, a JBS reconheceu violações à Lei de Práticas de Corrupção no Exterior dos Estados Unidos, resultando em um acordo de leniência com o Ministério Público Federal, inserido no contexto da Operação Greenfield. Contudo, em um desenvolvimento significativo, Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), excluiu a penalidade financeira de R$ 10 bilhões imposta à J&F em dezembro.

Ampliando este contexto, o Ministério Público Federal denunciou, em 2020, os irmãos Batista por um esquema de corrupção que englobou o ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, entre outros indivíduos. Acusados de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, teriam supostamente pago R$ 67 milhões em propina para assegurar benefícios fiscais ao grupo JBS, que totalizavam mais de R$ 209 milhões, entre 2014 e 2016.

Fonte: https://folhadesorocaba.com.br/de-volta-sorocaba-reinaugura-unidade-do-sabe-tudo-conect-apos-anos-de-inatividade/