Queimadas no Amazonas chegam a níveis alarmantes: mais de 200 focos de calor registrados em um único dia. A capital Manaus é novamente atingida por densa camada de fumaça proveniente dos incêndios. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado enfrenta o maior número de queimadas em outubro nos últimos 25 anos, com quase 4 mil focos de calor. A situação é agravada pela seca histórica dos rios e afeta mais de 600 mil pessoas.
O fenômeno das queimadas, inicialmente atribuído aos agropecuaristas, tem atingido níveis alarmantes. No último domingo, o número diário de incêndios ultrapassou a marca dos 200, causando a formação de uma nova onda de fumaça em Manaus. A qualidade do ar na cidade chegou a ser classificada como péssima.
Em todo o mês de outubro, dois municípios do Amazonas estão entre os dez que mais queimam a Amazônia: Lábrea e Boca do Acre, ambos no Sul do estado. Essa região, conhecida como “arco do fogo e do desmatamento”, é marcada pela intensa atuação dos agropecuaristas. Lábrea é a segunda cidade com mais queimadas na região, somando 515 até o momento, enquanto Boca do Acre registra 348 focos de calor.
Diante da gravidade da situação, o governador Wilson Lima decretou estado de emergência ambiental em setembro. A medida visa combater e controlar os incêndios que assolam o estado durante a estiagem. Para auxiliar no combate ao fogo, o Ministro da Justiça, Flávio Dino, autorizou o uso de agentes da Força Nacional, totalizando mais de 140 agentes no Amazonas.
A situação no Amazonas é preocupante e exige ações efetivas para o controle das queimadas. O impacto ambiental e na saúde da população é evidente, tornando fundamental o combate aos incêndios e a implementação de medidas preventivas para evitar a ocorrência desses episódios no futuro.