Operação da Polícia Federal desmantela grupo criminoso suspeito de atacar fiscais ambientais e incendiar carros no Amazonas
Uma operação realizada pela Polícia Federal no Amazonas teve como alvo um grupo criminoso suspeito de atacar e queimar carros de fiscais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Força Nacional. A operação, intitulada “Operação KM 180”, teve seu balanço divulgado recentemente, revelando a apreensão de três armas de fogo, munições e motosserras.
Os investigados são suspeitos de cometer crimes ambientais, crimes contra o patrimônio da administração pública e de obstruir/dificultar a ação de fiscalização do poder público. A Polícia Federal ressaltou que as medidas cautelares de busca e apreensão visam obter provas dos crimes investigados e aprofundar a investigação sobre o destino da madeira. As penas dos crimes de dano qualificado e associação criminosa podem chegar a mais de 13 anos de reclusão.
A operação mobilizou 16 policiais federais, que cumpriram quatro mandados de busca e apreensão no distrito de Santo Antônio do Matupi, localizado no município de Manicoré. Segundo a Polícia Federal, a devastação na Unidade de Conservação Federal na região já ultrapassa a marca de 700 hectares.
Até o momento, não foram divulgados os nomes dos investigados e não houve registros de prisões durante a operação.
O ataque criminoso ocorreu em setembro deste ano, e os fiscais do ICMBio e policiais da Força Nacional foram alvos da ação. Segundo testemunhas, os agentes estavam realizando uma fiscalização contra o desmatamento na Floresta Nacional de Aripuanã, próximo ao distrito de Santo Antônio do Matupi. Na operação, foram encontrados grandes quantidades de madeira ilegal em tora, além de armas, equipamentos e veículos usados no desmatamento ilegal. Quatro infratores foram identificados e multados em R$ 7,6 milhões.
A região de Santo Antônio do Matupi é conhecida por ser palco de conflitos causados por disputas territoriais e desmatamento. Em anos anteriores, casos de violência já foram registrados, incluindo execuções e mortes relacionadas a vinganças. Agora, a operação da Polícia Federal busca combater esses crimes e garantir a proteção do meio ambiente amazônico.