Manaus – Na tarde desta quinta-feira (10) a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) convocou a imprensa para falar tudo que se sabe, até o momento, sobre o crime bárbaro que tirou a vida da jovem Débora da Silva Nascimento, que tinha apenas 18 anos e estava grávida de oito meses. O autor do crime, Gil Romero Machado Batista, de 41 anos, contou em detalhes aos delegados como assassinou a vítima. De acordo com Romero, ele tinha um caso extraconjungal com a jovem e ela acabou engravidando, mas ele não acreditava que o filho era seu. Em um determinado momento, no oitavo mês da gravidez de Débora, o homem relatou que não aguentava mais ela lhe pedindo dinheiro para realizar exames e comprar o enxoval, foi quando ele a atraiu para uma emboscada, no dia 29 de julho. O homem levou Débora em seu carro, modelo Honda Civic, para uma usina localizada no bairro Mauazinho, na zona Leste da capital, onde ele frequentemente furtava fios de cobres com seu comparsa, apontado como José Nilson, o vulgo ‘Nego’, que estava em um outro veículo modelo picape. No carro, Romero provocou Débora sobre a paternidade e uma discussão se iniciou. Após desferir ofensas físicas e verbais contra a vítima ele saiu do carro, caminhou sentido ao carro de ‘Nego’ e pegou uma corda que estava na traseira do veículo. “Tu garante?”, disse Romero ao questionar se o comparsa topava assassinar a jovem. Segundo o criminoso, a princípio ‘Nego’ apresentou resistência e disse que Débora estava grávida e era mulher, e Romero então afirmou que faria sozinho. Ele então caminhou até o seu carro, onde a vítima estava desacordada devido as agressões sofridas, sentou-se no banco de trás do passageiro, colocou a corda em volta do pescoço dela e começou o processo de estrangulamento. A jovem, que ainda estava acordando do desmaio provocado pelas lesões, a todo momento tentou lutar pela vida enquanto era enforcada. Ainda segundo o assassino, quando ele caiu em si e viu que havia feito uma besteira, abriu a porta do carro e jogou Débora do veículo, achando que ela poderia sobreviver. Porém, segundo ele, escutou de Nego a seguinte frase: “Começou, agora vamos finalizar!”. Neste momento Débora teve os seios pisoteados e terminou de ser estrangulada até a morte. Em seguida, a dupla levou ela até um galpão localizado dentro deste mesmo terreno e atearam fogo no corpo dela. Tanto Nego quanto Romero acusam um ao outro de ser o autor da ideia de incendiar a vítima. Feito isso, Nego e Romero decidiram botar o corpo de Débora em uma espécie de barril e levaram o objeto com o corpo da vítima para uma área de mata. Após isso o comparsa teria ido embora. Romero permaneceu do local e com medo de que a perícia encontrassem o corpo de Débora, contendo os restos mortais do bebê em seu ventre, o que o tornaria principal suspeito do crime, resolveu cortar a barriga da jovem morta usando uma faca de pão. O criminoso diz ainda que retirou o bebê, pôs o corpo da criança em um saco de estopa, colocou entulho e materiais de obra por cima do cadáver e levou no porta-malas do seu carro. Gil, agindo com sangue frio, ainda deu uma carona para um vigilante da usina que iria pegar ônibus pela redondeza. Em seguida, ele foi até o Porto da Ceasa, onde pegou um mototáxi levando o saco de estopo com o bebê morto em seu colo para então pegar um barquinho que fosse até o Careiro da Várzea. No meio do rio, Romero jogou o saco em que estaria o pequeno Arthur Vinícius. Após fazer todo o trabalho sujo e extremamente desumano, ele foi para casa dormir e no mesmo dia trabalhou tranquilamente. Quando os familiares da vítima começaram a interligar ele ao desaparecimento da jovem, Romero chegou em casa dizendo que havia feito uma besteira e fugiu, indo para o Pará. Neste momento ele teria recebido a ajuda da esposa, Ana Júlia. Ela, Gil Romero e Nego seguem presos.
Fonte; Portal Cm7