No Amazonas, o setor de gás natural está emergindo como uma poderosa via para o progresso econômico, conforme enfatizado pelo governador Wilson Lima na segunda-feira (25/03). Esse destaque ocorreu durante a cerimônia que marcou o início das obras do Complexo Azulão 950, localizado em Silves, a 240 quilômetros da capital, Manaus. Com um orçamento estimado em R$ 5,8 bilhões, o projeto prevê a construção de usinas termelétricas e a criação de aproximadamente 5 mil postos de trabalho.
Wilson Lima mencionou que a chegada de novos investimentos, a exemplo do projeto da empresa Eneva em Silves, evidencia o acerto da estratégia adotada pelo governo estadual em 2021, ao instituir um novo marco legal para os serviços de distribuição e comercialização de gás natural no Amazonas. “A decisão de quebrar o monopólio do gás, com apoio da Assembleia Legislativa, foi crucial para viabilizar o empreendimento da Eneva, bem como para atrair mais projetos para o estado. O projeto da Eneva envia uma mensagem clara ao mercado sobre a estabilidade jurídica e a confiança no governo de que as regras permanecerão consistentes”, declarou o governador.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Amazonas abriga a maior reserva de gás em terra do Brasil, apresentando um enorme potencial para o estado, especialmente considerando o aumento do uso do gás natural em projetos comerciais, residências, indústrias e veículos.
A Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) revelou que atualmente conta com mais de 18,3 mil unidades consumidoras vinculadas; sete postos de abastecimento operando com gás natural veicular (GNV); além de uma rede de distribuição de gás natural com 287 quilômetros de extensão, servindo mais de 20 bairros da capital.
Além de autoridades locais e membros do governo, participaram do evento em Silves o vice-governador Tadeu de Souza; o prefeito do município, Paulino Grana; e diversas outras figuras importantes no cenário político e empresarial, incluindo o presidente da Eneva, Lino Cançado.
O Complexo Azulão 950 representa um dos maiores investimentos na região, com a Eneva planejando investir cerca de R$ 5,8 bilhões no projeto. No auge da construção, estimado para meados de 2025, espera-se gerar em torno de 5 mil empregos diretos. Lino Cançado destacou o significativo impacto econômico e social do projeto, evidenciando o desenvolvimento que trará para a localidade, além da geração de empregos durante a construção e operação das instalações.
No local, serão instaladas as usinas termelétricas Azulão I e II, que utilizarão combustível proveniente da Bacia do Amazonas, com uma capacidade combinada de 950 MW. A expectativa é que o projeto forneça energia elétrica a cerca de 3,7 milhões de residências em todo o país, a partir do final de 2026 até o início de 2027.
Recentemente, a Eneva declarou a comercialização de dois novos campos de exploração, com previsões de criação de até 1 mil novos empregos e investimentos que podem alcançar R$ 350 milhões.
Em um esforço para promover a educação e formação técnica na região, Wilson Lima anunciou a abertura de um novo edital para cursos no Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) em Silves, um projeto que conta com investimento de R$ 10 milhões e tem previsão de conclusão no início de julho. Os novos cursos técnicos incluem áreas como Gás e Energia, Eletromecânica, e Agropecuária, com vagas anunciadas para inscrição.
